sábado, 11 de julho de 2015

Antiguidades futuras


- Monsieur Personne? Rien Personne? Que prazer ouvi-lo!… Quinquilharias? … velharias… Antiguidades, M. Personne? Sim, ainda temos e negociamos. De onde? De que época? … Brasil? Século vinte e um... primeira metade … deixa ver… (gritando) Marta?! Marta?! … desculpe, acho que ela não está ouvindo. … É M. Personne! A esposa dele quer falar com vocẽ! Pode ligar o monitor virtual aí? … Desculpe, M. Personne, estamos arrumando nossa nova loja; está tudo fora de lugar aqui. O que exatamente deseja? … Faqueiro brasileiro … sim, temos. … Ferro fundido, primeira metade do século vinte e um. Valiosíssimo! … Não, prata não. … Ouro? Nem pensar.

- Chienne? Nossa, que bom ouvir sua voz! Estive pensando em você esses dias. Recebemos um faqueiro do século vinte e um, brasileiro, legítimo! … Ah, já viu pela câmera? Que bom. O que achou? … Não tem faca… era proibido naquela época; diziam que era arma violenta. Os estudiosos garantem que são os mais valiosos faqueiros perdidos no tempo. … sim, ferro fundido. … não sei dizer porque. … Marco?! Marco?! Por que eram de ferro fundido? … Ele está dizendo que seu marido perguntou a mesma coisa. … então... vamos ver outras antiguidades enquanto eles conversam sobre isso. ... Aquele baú combina perfeitamente com seu jogo de sofás … sim, falta um pedaço, por isso tem esse valor imenso. Faltavam tábuas na época, e era proibido cortar árvores, veja só. Os mais valiosos são os que têm mofo verde. Sem mofo não tem valor. … A madeira ficava no tempo, apodrecendo… Mr. Simpleton não soube dizer quanto tempo tinha que ficar no tempo até que não prestasse mais…. É… até que alguém teve a idéia de aproveitar tudo, daí vieram os baús, as caixas de faqueiro … Não tinham nada para guardar, exatamente. Por isso permanecem como novos até hoje! … Não tem dobradiça; boa observação, Chienne … Marco?! Por que não têm dobradiças? … Pelo mesmo motivo que os faqueiros eram feitos de ferro fundido, foi o que ele me disse. ... Bem, eu não sei falar muito dessa época, sabe? … também acho engraçado: por que chamar de faqueiro se não podiam usar facas? … Isso torna a peça ainda mais valiosa. Histórica! Levamos um desses para um avaliador de Londres e ele nos garantiu que era original, sem facas. Com facas só até o final do século anterior; depois, só colheres. … Acho que tomavam muita sopa. ... Marco?! Eles tomavam muita sopa?… É... sem batatas… você está certíssima! Como sempre.

- Claro, M. Personne! Claro. Só temos armas mais antigas, do século vinte. Na primeira metade do século vinte e um não havia armas… devido à proibição, foram derretidas… exatamente! Viraram faqueiros. Até onde se sabe eles não tomavam muita sopa porque a água estava racionada por uma lei ambiental, se não me engano. … pois é, absurdo mesmo… sim, a tampa da caixa não tem dobradiça também. Se tiver, é falsa. A madeira não suportaria tanto esforço… mofo, sim, muito mofo. Também, sem mofo é falso. Tem que ter mofo, mofo verde, bem verde. … por causa da chuva torrencial que caía naquela época. … é… e tinham racionamento… Marta?! Tem algum código de leis, algum livro da época?… Queimados? Onde você viu isso? … Pois é, M. Personne, foram queimados. Os historiadores afirmam que foram usados para aquecer a comida, até que desapareceram completamente.

- Marco?! A caixa do faqueiro também não tem fundo, não é?… O avaliador nos garantiu que as caixas dos faqueiros eram feitas dessa forma. … precisavam gastar mais madeira, claro… certíssimo! Faziam sem fundo … Verifique se tem algum tipo de cola nas beiradas. Se tiver, o fundo foi arrancado. Deve ser de alguma época ainda mais distante, quando podiam usar cola. … Não, não era de farinha. Eles tiveram alguma tecnologia, mas perderam tudo depois da Grande Destruição. … Levamos um faqueiro para Mr. Simpleton tirar o fundo… foi lindo ver. Ele pegou um martelo e foi estourando tudo, pedaço por pedaço. O Marco estava fascinado. Ficou perfeito! Você precisa ver de perto, é lindo! … Sim, ele arrancou tudo, até a cola. … Meio borrachenta, mas era de outra época. … Da primeira metade? Não temos, você acredita? Já procurei em vários lugares, não achei. … Marco? … Marco?! … Acho que eles estão vendo alguma coisa lá embaixo. MARCOOO?! Tem algum instrumento musical? … Só sobrou um violão… está guardado ainda, mas posso tirar da caixa, se vocẽ quiser. É lindo, todo em madeira fina… não, fina quer dizer fina mesmo, um papel… como as camas… isso, papelão mesmo… não pode segurar com muita força senão solta a cola… é… cola, muita cola… devia ter um cheiro fortíssimo… já pensou? No quarto? … Ah, eu também não ia querer isso. … Não tem corda também; se tiver, é falso. Nós vimos um desses na Alemanha. … as cordas eram vendidas para o exterior, às escondidas … só quem era rico tinha violão com cordas… a lei impedia que deixassem para os herdeiros. Vê se pode isso! … alguns usavam corda de plástico mesmo… o som medonho é a característica essencial dos instrumentos dessa época. Se for bonito, macio, som cheio mesmo, é falso. … As tarrachas são de madeira… galhos caídos de árvores mortas. … Tudo feito às escondidas. Não podiam cortar um palito! Parece que os bons luthiers fugiram do país… Marco? Por que os músicos foram embora? … Morriam de fome… então… isso, emigraram… Pandeiros… pandeiros… Marco?!… espere um pouquinho que ele está abrindo uma caixa de cerveja … Marco? … ele ouviu… temos pandeiros, mas sem couro, só o aro de ferro fundido ... sim, vinha das armas derretidas… sem couro, sem chocalho… se tiver chocalho, é falso. … Faziam de plástico mesmo, ou com os ossos dos animais mortos naturalmente … sem couro. … a tal lei ambiental deles… se matassem uma barata iam direto pra cadeia, já pensou? … parece que podiam matar gente… não sei se era à vontade, mas era bem mais simples… couro de vaca era artigo de luxo… exato, só para quem comia carne… Bolsa de mulher… da época? Não existe; se disserem que existe, é falsa. Tudo o que é genuinamente brasileiro daquela época é falsificado.

- Sim, Monsieur Personne, cerveja... da Idade da Pedra, por assim dizer… não tinham alumínio nenhum… vinha tudo de lá, mas depois parou… A caixa de bebidas está completa, com todos os vasos de barro e… sim, de barro mesmo… não, é argila amarela… do mesmo tipo que usavam para fazer tijolos… não tem latinha nenhuma no conjunto… se tiver, é falso. Acabaram por fazer cerveja até de capim… cevada era 'coisa de rico', como diziam… exato! Mr. Blockhead, da Nova Zelândia, me garantiu que era de capim… sim, exato, um grande estudioso da época. ... Conhece também? Que bom! Ele cultiva o mesmo capim em casa… porque é do hemisfério sul e tem quase o mesmo clima. … Ele me disse que é intragável… era só o que tinham. … Ele conseguiu? … Marta?! Mr. Blockhead conseguiu um rolo de papel higiênico brasileiro! Autêntico! Faça já o depósito, tem que ser nosso!… Sim, M. Personne, só tem o tubo interno, por isso é legítimo! Papel, mesmo, não tinham … Isso, feito de palha. Eu vi pessoalmente quando visitamos a Nova Zelândia. Melhor, era feito de capim seco, enrolado à mão … se for liso, é falso. Pode ser de época anterior, quando tinham indústrias. … Máquinas? … sobrou só um parafuso… de uma máquina de enrolar tubo de papel higiênico, veja só! Esse não foi derretido. Aliás, conta-se que um dos industriais da época, antes de perder tudo para o estado, guardou esse parafuso como relíquia de família. Foi preso por causa disso, mas não revelou onde tinha escondido a peça. Corajoso! … está todo enferrujado. … Não, não pode limpar, perde o valor. Tem que ser enferrujado e sem rosca. Se tiver rosca, é falso. … a rosca foi comida pela ferrugem… Um instante, M. Personne… (falando alto) Se for de couro falso é valiosa, Marta. Veja se ela quer vender… Sim, M. Personne, sua esposa confirma que quer uma almofada da época, de couro falso… parece que só uma foi encontrada, e estamos negociando agora mesmo. Exclusividade. Era da presidente… isso, usada como travesseiro… isso... na prisão… Posso pensar numa boa troca, M. Personne. Tenho certeza de que tenho algo de seu interêsse. … Marta?! Qual o modelo do carro que temos aí? Acho que vai dar troca na almofada de couro … M. Personne, da época, não tem nada que eles tivessem fabricado assim, inteiro e funcionando. Temos de uma época um pouco anterior, fim do século vinte, comecinho do século vinte e um, mas não era nada deles mesmo … O que temos não tem rodas… a indústria estava indo à falência nesse período. É histórico e tem um valor fora do mercado. Pois é, todos mesmo… também não tem portas… se tiver portas, não foi feito lá… deve ser americano. … Motor? Não, impossivel. Os motores foram transformados em faqueiros… também não sei o que faziam com tantos faqueiros… O mundo precisava comer? Muito boa piada, M. Personne. Muito boa! … O botão de pedra, posso trocar pela tampa do porta-malas… isso, aquele verde da vitrine … não... é fungo mesmo. Se não tiver fungo é de outra procedência… americano, talvez … só temos a tampa, M. Personne. … foi a última que fizeram… o carro está sem bancos também… por isso a originalidade. ... Quem fez o último volante foi um italiano. Como era mesmo o nome dele … Marta? Quem era o italiano que foi preso por fazer um volante de ferro fundido?… Dom … ? … Foi D. Direccione…

- Não, Chienne, eles não fabricavam relógios mas faziam um moedor de café que era uma belezinha… Não, não funcionava. Os que funcionavam vinham de fora… Paraguai, me parece… Marco? Os moedores de café que funcionavam vinham do Paraguai, né? … É só ver o número de série… uma etiqueta de papel no lado de fora… o nosso tem um número pequeno… é 03356-BR… isso garante a época e a fabricação totalmente brasileira… Achou outro? … Funciona? Se funciona, é falso. Se eu fosse você não compraria de jeito nenhum... O nosso foi feito no final da época industrial, pouco antes da Grande Destruição… e por pouco não foi derretido também… o mais importante é que não tem madeira na manivela… era proibido cortar madeira… é… a lei ambiental… nem de plástico… diziam que era poluente… Por ser totalmente inútil é ainda mais valioso. Se for funcional, vale quase nada. Eram feitos assim. Houve um imigrante que começou a comprar moedor semelhante no Paraguai, para quebrar a manivela depois e vender como autêntico. Ganhou até prêmio na época. Mas esses não valem nada mesmo.. dá pra consertar. Veja na etiqueta… Tinham uma certa predileção por coisas inúteis… se tivesse utilidade, não faziam. Conta-se que eles gostavam disso… se uma coisa funcionasse perfeitamente bem, deixavam de lado, quebravam, era assim. … algumas dessas atitudes foram contadas por um grupo de pessoas que viveu no país durante o tempo da Queda, até que desapareceram. Deixaram tudo gravado em rochas. ...  Estamos procurando, Chienne. Assim que eu conseguir uma lasca, aviso você.  … Marco? Foi na Grande Destruição que as pessoas começaram a sumir? … ele diz que sim. … Armário? Se tiver porta, é falso. … não tinham madeira, lembra? … de papelão? … só se for da última fase, pode ter porta… Quê? … espera um pouco, o Marco está dizendo alguma coisa… Repete! … então… tem porta mas não tem a parte de cima, aquela proteção, sabe? … uma lateral quebrada? … é esse mesmo! … Ela achou, Marco! Aquele que tem as duas laterais inteiras… Quê? Ah … Sinto dizer, mas não vale muita coisa. Só tem valor se tiver uma das laterais quebrada. … É… eles chutavam… porque não valia nada… vinham chutados da fábrica… pode ser de raiva, sim… Quê?… Repete, Marco! … O Marco está me dizendo que seu marido achou um jornal da época. … isso é raridade… se tiver notícia mesmo, fato concreto, é falso. Pode ter sido impresso por alguém que tentava contar alguma verdade … é… eles não acreditavam em coisas verdadeiras… sim, poucos assinantes… tiragem de quanto? … Marco, jornal com mais de 300 mil assinantes, tinha algum na época? … Nada? … olhe, não pague isso tudo, não… sim, de papel mesmo, mas nenhum jornal tinha tanto assinante… eles … Quê? … O Marco está dizendo que a maioria não sabia ler… é… já pensou? Se nem jornalista sabia escrever, quanto mais a população! … Você quer uma página só com propaganda do governo? … da primeira metade do século? … falando bem do governo? … sim, temos um exemplar guardado no cofre. Valiosíssimo! … Foi avaliado pelo professor alemão Her Dummkopf… Não informa nada, só fala bobagem … por isso mesmo custa caro. … Não, não temos moldura de vidro da época para esse tamanho.

- Sim, eu me lembro de quando o senhor o viu em nossa primeira loja. Um belo exemplar, não? … tenho um que foi quebrado por nós, mera imitação … mas não está à venda. … A internet não funcionava, M. Personne… o sujeito ficava irritado e quebrava o monitor… se estiver quebrado é sinal de que foi usado nessa época… Procure alguma lasca de madeira por dentro, um pedacinho de ferro, alguma coisa que eles usavam para destruir a peça… mas veja se tem alguma plaquinha indicando a origem… se for da Zona Franca de Manaus… Ah, não é? Então é falso. Se está inteiro e ainda funciona, é falso ... celular também não funcionava… era tudo mal feito … isso! ... Caríssimo! Tinham impostos altíssimos… morriam de raiva também… por isso, preste bem atenção na tela, deve estar trincada, no mínimo. Eles costumavam jogar no chão … Tem um palavrão escrito atrás da tampa? Em que língua? … chinês… é, pode ser… os brasileiros não fabricavam nada… Dr. Forger, de Harvard, diz que os chineses escreviam qualquer coisa nas tampas, ninguém entendia mesmo… é… temos um que diz: Vá pentear macaco!… em chinês… uma fortuna! … Esse outro estava na vitrine da frente, não é? … bem, está escrito em coreano… não vou repetir, M. Personne… é bem feio, sim… tem algo a ver com a mãe do comprador, algo assim… Esse que o senhor menciona é um tênis com lampadinha no calcanhar? … Marta! Aquele tênis que vimos no antiquário de Cingapura era daquela época? … Sinto dizer, M. Personne, era do século passado… para crianças… importado ... os nacionais não funcionavam… tinham uma espécie de buzina na sola… isso ... faziam um barulhinho… Esse, não temos. Mas, se interessar, temos um tampão de ouvidos que acompanhava o tênis… não veda bem o som, mas era o que tinham por lá… se vedar bem o som, é falso ou é de outra nacionalidade… não é tão caro assim… é… aperta um pouco a cabeça… Macio? Não… eles não usavam boas matérias-primas… era tudo mal feito, caro, os impostos, sabe? … Marta? Temos caixa de charutos da época? … M. Personne, só do século anterior… isso... baianos… faziam concorrência aos melhores do mundo! … é… até fecharem as portas… ninguém sabe a razão, mas diz-se que foi por influência das Nações Unidas… se tiver etiqueta de papel, embalagem de papel com marca visível, é cubano… Tem um saquinho de pó branco dentro? … Marta? O que era aquele pó branco que eles punham dentro das caixas de charuto? … Isso... vinha da Colômbia e da Bolívia, M. Personne. Mandamos analisar um desses há alguns meses, mas era pó de mármore… tem um valor inestimável… exatamente! Se fosse verdadeiro, genuíno, não valeria nada. Tem de ser falso. O nosso é falso, por isso vale tanto… Dr. Forger? Ele diz que não passou nos testes de pureza… eram contrabandeados… exatamente… Marta! Ele quer vender uma bicicleta brasileira, tem algum cliente pra isso? … Tem rodas, M. Personne? Se tiver, vale metade do preço… com rodas é útil, funciona… deve ser da fase anterior à destruição… daquela fase, só se for sem rodas… porque não tinham parafusos, não tinham como prendê-las ao corpo da bicicleta… Monsieur Faussaire nos mostrou uma foto do lugar onde derretiam as rodas… para fazer faqueiros… sem facas… com facas é falso. … Arco e flecha? Só de bambú, e tem de ter uma pena de pássaro na ponta… pena falsa... Era proibido usar penas verdadeiras... de pássaros… mesmo mortos… Dava cadeia na época. Só no carnaval eles toleravam… as penas eram falsas, imitavam penas de avestruz… se for verdadeira, é australiana… a verdadeira custa pouco… Sim, temos uma falsa aqui, genuína, brasileira, feita com palha de capim… parece verdadeira! … Quê? Repete, Marta! … Sinto informar, mas já foi vendida, M. Personne. … Café? Quer ver pessoalmente? Claro! Estamos aguardando a sua visita. Vamos tomar um café genuinamente brasileiro, com palha misturada e tudo! … Manchou seu terno novo? … mas aquele jogo de xícaras é uma raridade, todo de vidro rústico, feito com areia de rio, barato… e vaza. Se não vazar não é da época. Está escrito na etiqueta que colocamos dentro da caixa.

- Sua sala vai ficar linda com essa cadeira! … podemos remeter amanhã mesmo. … Não, não tem as quatro pernas… se tiver, é falsa. As autênticas só tem uma perna, e deve estar quebrada. No mínimo, uma trinca… pode pendurar no teto, fica uma coisa de outro mundo! … é, não pode sentar mesmo… Mandamos uma outra, quase igual, para Mr. Simpleton quebrar… foi feita no Uruguai, quase igual às brasileiras, exceto pela perna… mas ele a quebrou com tanta maestria que ninguém fala que é do Uruguai. … a madeira é podre, também… Mr. Simpleton a deixou no tempo por uns dois anos, para apodrecer um pouco… sem fungo não dá, ninguém quer… a que você viu e vai receber é autêntica, de madeira ruim, apodrecida no assento e no encosto, e a única perna está trincada ... tem que parafusar na parede ou pendurar no teto, mas com cuidado para não danificar a peça. Se você quiser, posso pedir a um dos nossos montadores que faça o serviço. Ele é descendente de brasileiros e sabe como fazer isso de maneira que fique parecendo nova. Eles fazem isso como ninguém. Está no sangue! … Marco! Quando sua tia chega da Venezuela? … não, ela não vai trazer nada de lá… pois é… não tem nada mesmo, foi tudo destruído… É que ela vai passar pelo Peru e vai trazer um crânio… sim, tipo Shakespeare… é... modelo Hamlet… humano, claro! Vai ficar lindo em cima da sua mesa de jantar.

P.S.: Pesquise os nomes estrangeiros num tradutor online.
P.S.2: Inspirei-me no conto de Stephen Leacock - A senhora novorrico compra antiguidades, quando vi o anúncio do Museu do Futuro.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Mudança de perfil

Tenho observado que usuários do Facebook estão com receio de manter seus perfis reais pelo fato de Dilma ter ido falar com os chefões do site nos EUA. Há razões suficientes para crer que uma estratégia de bloqueio dos contrários ao socialismo/globalismo/idiotismo está em andamento junto aos chefões e, claro, com total apoio de Obama. Assim, gostaria de colaborar com os que pretendem essas modificações a fim de não temerem o que pode estar sendo arquitetado pelo governo brasileiro contra seus cidadãos. Segue uma lista simples de perfis que podem ser copiados e colados, com acréscimos reais das respectivas fichas-corridas, em qualquer perfil público do Facebook.

HOMENS
  • Franklin Martins
  • Stalin
  • Lênin
  • Mao Tse Tung
  • Marco Aurélio Top-Top Garcia
  • Tarso Genro (inclui-se aqui 'criador da masturbação poética para homens machos')
  • Che Guevara
  • José Dirceu
  • Família Castro (Cuba)
MULHERES
  • Eleonora Menicucci (ex: cursou guerrilha na selva colombiana, aprendeu a matar bebês no útero materno e ensina a técnica, cursou ciência da bomba-letal perfeita, tiro ao peito, tortura e socialismo junto às FARC)
  • Dilma Rousseff - Curso de roubo a caminhões-fortes, assalto à mão armada, roubo de cofres de ex-governadores, aborto a sangue-frio, dissimulação, destruição de neurônios
  • Luciana Genro
  • Erica Kokay
  • Maria do Rosário
  • Edeli Salvatti
Enfim, uma lista razoável que lhe dará idéias adequadas para qualquer perfil público do Facebook. As vantagens são muitas: se tentarem persegui-lo legalmente terão que fazer o mesmo com aqueles dos quais os perfis foram copiados; são perfis reais e não inventados. Muito simples de montar e, o melhor de tudo, sai muito mais em conta do que gastar horas consumindo energia, inclusive cerebral, que terá de ser reposta com algum custo, principalmente inflacionário. Nosso negócio é economia e praticidade!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Mais jornalices

Por Klauber Cristofen Pires

No Estadão de hoje, usa seu estilo literário escolar a serviço de sua militância, fazendo um joguinho de palavras com um suposto significado lisonjeiro da palavra "incrível", em contraposição à tendência pejorativa de "inacreditável" para com isto dar um toque engraçadinho ao escárnio dos valores conservadores do povo brasileiro e à advocacia do nefasto programa Mais Médicos, do PT. 

Leia o restante do artigo no blog Libertatum, clicando aqui.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Jornalice no país das coitadices.

A cada dia que passa me convenço de que uma parte dos brasileiros  sofre mesmo de coitadice mental em estágio avançado. Na mesma situação, ONGs e governos protetores de direitos coitadícios se fazem de cegos e surdos para quem realmente sofre, mas falam aos borbotões tudo quanto a população honesta do país não suporta mais ouvir: lugar de bandido é em liberdade para que aprenda a viver em sociedade; são uns coitados que a sociedade excluiu; são criminosos porque não encontraram lugar na sociedade que os trata como párias; a sociedade precisa aprender a tratá-los com dignidade para que se recuperem, blá, blá, blá... A idiotice de Rousseau se perpetua - o homem nasce bom, a sociedade o corrompe – mesmo após milênios de experiência humana contrariando o que ele disse.  Eu diria que a sociedade socialista corrompe qualquer um que tenha nascido, seja bom ou mau, porque o socialismo cria problema onde nunca houve nenhum apenas para provar que ele sempre existiu. A imprensa e a mídia em geral fazem parte da mesmice ideológica assassina.

Há poucos dias o adolescente XYZB, cujo nome não pode ser escrito para não envergonhar o pobre coitado, foi preso pelo pescoço a um poste com uma corrente de bicicleta e levou uns sopapos como aviso: não volte mais a delinqüir. Não por aqui, ao menos. O jovem já fora duas vezes ‘apreendido’ - que é como o governo socialista quer que a população fale da prisão de menores criminosos - e solto em seguida para continuar praticando crimes contra aqueles que trabalham honestamente e pagam ultrajantes impostos a fim de que o governo socialista os trate como imbecis. 

Figura 1 - menor infrator 'apreendido' duas vezes - e solto para continuar sua vida de vítima da sociedade.

 Imediatamente surge a ‘mídia isenta’ a defender o pobre coitado por razões que a própria razão desconhece. Vejo na Folha[1] o seguinte texto reproduzindo as palavras do criminoso: “Relatou a história dos 30 motoqueiros, todos jovens, brancos, bem vestidos e fortes que o espancaram.” Como não deu para defender o criminoso, por ser criminoso mesmo, apela-se para a cor da pele como forma de desculpa para atacar os ‘jovens brancos, bem vestidos e fortes’. Não estaria a mídia, porventura, provocando a revanche?

Figura 2 – A Folha não diz qual o motivo da primeira ‘apreensão’. A terceira pode ser por latrocínio?
A fala do jovem é reproduzida aos milhões enquanto que as causas que culminaram com sua amarração ao poste só ganham umas palavrinhas amedrontadas, que não querem nem aparecer no texto por receio de ferir sentimentos coitadícios. Ou seria medo de perder a polpuda verba governamental que sustenta o que numa economia livre, sem o estado-papai, não teria sustentação alguma? Tadinha da mídia... diz que o jovem tem medo de sair do abrigo. Nós, gente honesta, é que estamos com medo de sair às ruas por causa de 'di menores' como este da foto.

Eu não gostei de ver um ser humano amarrado a um poste, muito embora os socialistas me façam ver coisas muito mais horríveis sem que a mídia mostre fotos e escreva uma só linha de repúdio. Eu não gosto de ver o que os socialistas fizeram – e ainda fazem – quando detém o poder e mesmo antes disso: amarram jovens a postes, também pelo pescoço, antes de os torturarem e fuzilarem friamente apenas porque não querem ser socialistas. O garoto da foto não foi fuzilado friamente pelos jovens brancos, bem vestidos e fortes. Enfim, apesar de terrível, não houve o mesmo tipo de justiçamento que os socialistas praticam mundo afora para com aqueles que ousam discordar de suas idéias absurdas e genocidas.
Figura 3 - Raul Castro venda prisioneiro, que foi fuzilado[2].
De modo geral, jornalistas chapa-branca preferem ignorar os fatos até apanharem nas ruas pelos mesmos criminosos que defendem com unhas e dentes, enquanto estes últimos consentirem que os  primeiros continuem com unhas e dentes. Jornalistas engajados, que nem sempre sabem que são - e por isso Lênin os chama de idiotas úteis  – promovem a violência de retorno imaginando que com suas palavras criarão uma nova consciência de paz e prosperidade para os marginais enquanto as mesmas palavras punirão a velha consciência dos que já sabem de trás para frente quais as causas de tanta violência e como se defender dela. No mínimo, tais jornalistas sentem-se como pessoas de altíssimo bem, isentas de qualquer responsabilidade pelo que escrevem e divulgam, estão acima de qualquer tendência, utopia ou partidarismo. Cinismo? Não, doença espiritual mesmo.

No Uol[3], o bom cumpanhêro e velho jornalista engajado, sempre pensando ser isento e solene defensor das liberdades – desde que só divulguem o que ele consente e da forma como ele entende – estabelece a suprema verdade sobre o único comentário decente no caso do ‘di menor’, feito por Rachel Sheherazade, jornalista do SBT. Como diz Reinaldo Azevedo “é asqueroso”. Janio de Freitas não suportaria viver num país como os EUA, onde a liberdade de expressão é realmente liberdade de expressão doa a quem doer. Em Cuba, sim, o verdadeiro paraíso das liberdades... Coitadinho do Janio, né?

Figura 4 - Para Janio de Freitas liberdade de expressão só serve para expressar o que ele gosta e apóia, do jeito que ele entende. Qualquer palavra a mais é excesso de liberdade de expressão.

A liberdade de expressão compreende, dentre outras coisas, falar o que bem entender sobre qualquer coisa, assim como Janio faz às vezes de maneira sutil, tentando esconder o que realmente pensa sem conseguir. Mas isso é insuportável para os ‘libertários’ da mídia engajada – nas polpudas verbas pagas pelo governo cumpanhêro. Usando da minha liberdade de expressão, garantida pela Constituição, o texto de Janio expressa a mais tremenda vigarice intelectual que só consegue manter enganados os idiotas úteis e os companheiros de viagem, além dele mesmo. Ainda que amador, conforme sua liberdade de ofender antecipadamente qualquer que se expresse em contrário, falo o que quero falar sem medo de você ou de suas artimanhas textuais que só refletem a ausência de qualquer entendimento sobre o que significa liberdade de expressão. Você, sim, é um borra-botas entregue ao pensamento único que não permite qualquer outro, principalmente divergente. Que tal, Janio, falar algumas palavras sobre a situação dos presos políticos cubanos, ilha dos ‘libertários’ Fidel e Raul Castro que você tanto defende por omissão? Você talvez não goste de ter que escrever sobre assuntos que não lhe dizem respeito... entendo.

Também não gostei nem um pouco de ver o cinegrafista da TV Bandeirantes atingido pelo rojão disparado por delinqüentes, ‘di menores’ e ‘di maiores’, que barbarizavam pelas ruas do Rio de Janeiro sob o pretexto de protestarem contra aumento de passagens. 

Figura 5 - Cinegrafista da Band atingido por manifestantes 'pacíficos' no Rio[4].

Também não gostarei de ver o que se avizinha – você e seus colegas sendo perseguidos pelos que tanto defendem, mas acabarei vendo por causa da liberdade de expressão que você tanto abomina. Ora bolas! Até a frouxidão tem limites

A educadora não-sei-de-quê Yvonne Bezerra de Mello foi pronta a defender o menor infrator amarrado ao poste mas passou longe de dar uma palavrinha que fosse ao cinegrafista – trabalhador, provavelmente pai de filhos, pagador de impostos – que tombara cumprindo sua obrigação para receber seu salário – que o governo petista toma para – aqui sim – supostamente cuidar daqueles que o feriram. O mesmo se diga dos defensores de bandidos, como a ministra Maria do Rosário et caterva: berram o silêncio! Para estes existem duas classes de pessoas: as que merecem apanhar porque não pensam da mesma forma, e os que não merecem apanhar porque pensam (?) da mesma forma. Sugiro à Sra. Yvone ir a Cuba a fim de libertar as crianças presas na miséria pelo regime dos Castro.

O governo petista, verdadeiro cafetão de criminosos, esbanja mentiras para esconder que também esbanjou o dinheiro da população honesta, que trabalha de sol a sol para pagar vergonhosos e humilhantes impostos sem nada receber e sem saber onde vai parar o dinheiro que obrigatoriamente deposita nas burras dos donos do país. A população está exausta de tanta cafetinagem coitadícia, mas não tem controle sobre as urnas, a prova da exaustão.

Figura 6 – Lula, amigão dos genocidas Fidel e Raul Castro[5].
Por outro lado, os verdadeiros criminosos estão ficando de saco cheio da mídia que os adula a não poder mais, e parece que agora começam a se revoltar contra aqueles que lhes beijaram a mão por décadas, ocultando, inclusive, o Foro de São Paulo, entidade que promoveu a desordem que hoje vemos no país, fundada por Lula e Fidel Castro – dois homens que, por cumplicidade e por ação, já mataram milhões de inocentes mundo afora instalando o socialismo, o verdadeiro Rei Midas às avessas: destroem tudo onde tocam.

No meio situam-se as forças da ordem: pegas por terem e por não terem cão, como também a população que trabalha e vive honestamente, sem voz nem vez no Congresso de cumpanhêros – com as exceções, cada vez mais minguadas, de praxe.

Figura 7- Cel. Reynaldo Simões Rossi da PM de São Paulo recebido 'com carinho' por manifestantes pacíficos... A mídia considera a Polícia Militar provocadora dos conflitos[6].
Falta somente criar o confronto entre tais forças: federais contra estaduais com auxílio das Forças Armadas para que todas as instituições ‘burguesas’ caiam por terra. O que resta para depois? Resta somente a terrível expectativa de vermos o país entrar na 3ª fase da implantação do comunismo – o motivo da revolução: a ruptura completa do tecido social, com desordem e violência sem limites para que daí advenha a sociedade perfeita – a síntese – que será melhor e mais avançada que as duas anteriores(?). Assim que a desordem completa se instalar, virá o Salvador da Pátria, que colocará ordem (comunista) na casa e corpos no cemitério. Muitos[7]. A ONU já sabe disso e tem preparada uma força especial de ‘paz’ para tais ocasiões. Voltam as eleições, sem que ninguém possa conferir o resultado, e todos pensam que estão livres e vivendo numa democracia plena com liberdade econômica. Será a verdadeirização da mentira apoiada pelos janios e nassifes e folhas e estadões da vida socialista engajada.

Pode também acontecer o oposto do plano traçado por eles: surgir um verdadeiro líder que congregue em si a força e a moral necessárias, que liberte o país do socialismo, mande a ONU às favas e instaure uma verdadeira república representativa com verdadeira liberdade econômica e de expressão. Até lá a mídia engajada não terá como dar um pio. Não porque não tenha liberdade para se expressar mas porque não terá como falar coisa alguma sem ter que assumir os erros que cometeu, com vergonha por ter defendido o fedor da falsidade que levou o país ao horror e ao caos. Será o filme Utopia 2 – o Retorno? Se for preciso optar por uma utopia, opto pela segunda, que se funda na realidade na qual a jornalice ficou de fato apenas no país das maravilhas que ela mesma criou e alimenta com a paixão dos acerebrados.


[1] http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1409556-jovem-que-foi-amarrado-a-poste-teme-sair-de-abrigo.shtml
[2] http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2012/02/cuba-2-raul-venda-prisioneiro.jpg
[3] http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2014/02/1409553-uso-sem-moderacao.shtml
[4] http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/02/06/estado-de-cinegrafista-ferido-por-bomba-em-protesto-no-rio-e-grave.htm
[5] http://infosurhoy.com/pt/articles/saii/features/main/2010/02/25/feature-03
[6] veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-ataque-homicida-a-santiago-foi-tao-surpreendente-quanto-a-chegada-do-verao/
[7] Hoje 60.000 pessoas/ano são assassinadas no Brasil, fato que ocorre devido à inversão de valores e leis promovido pelos socialistas – PT, Psol, PSTU, PCB, PCdoB, etc.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

COCEIRA ECO-COMUNO-SOCIAL-IMPERIALISTA BURRAMENTE CORRETA

Vendo os movimentos pelo país, fiquei me perguntando onde a população quer chegar. Não encontrei respostas prontas, mas tenho algumas perguntas que gostaria de ver os indivíduos desses movimentos considerarem muito bem antes de saírem às ruas novamente.
Por que o país não deslancha de vez? A resposta mais elementar está na própria população. Um povo que não entende quanto custa a ignorância estará fadado ao fracasso histórico: sai do anonimato e vai direto ao ostracismo sem conhecer a glória. A ignorância custa muito mais que a educação e o ensino, sem dúvida alguma. Com o tempo, a burrice vai pesando no bolso sem que o indivíduo perceba – se percebesse seria menos burro. Após cursar várias escolas, faculdades, ter vários diplomas e o sujeito ainda não saber exatamente qual o problema do país, é sinal de que tudo aquilo que supostamente estudou não fez o menor sentido. Foram tempo e dinheiro jogados fora. Temos condições de fazer muitas coisas, mas somos impedidos pelo Estado gigante, que nos assalta constantemente sob a falsa retórica do bem comum, a tal cenoura de burro.

Os jovens que agora protestam pelas ruas nem imaginam como será o futuro quando eles quiserem realizar um sonho qualquer. Abrir um negócio, por exemplo. Perceberão que todas as “conquistas”, os “direitos”, as “vitórias” não passaram, de fato, de derrotas, de subserviência consentida e de fracassos sem volta: o tempo é implacável. Primeiramente, para que possam manter-se no negócio, terão que pagar exorbitantes impostos, os quais irão engordar o caixa dos partidos políticos, e de vários políticos também, sem que ninguém receba os benefícios anunciados. Não seria mais fácil fazer benemerência diretamente? É mais barato, também. Antes que os recursos cheguem ao destinatário, o Estado abocanha enorme fatia para alimentar-se. O que isso significa? Significa que o indivíduo não quer assumir responsabilidade alguma para o bem do outro e a passa ao Estado, que não assume coisa nenhuma e ainda cobra muito caro para zombar da nossa cara.

Desembolsarão intermináveis encargos trabalhistas, que nem eles nem os empregados jamais verão sequer a cor. Melhor seria deixar que o indivíduo – o sempre pobre empregado explorado e infinitamente oprimido pelo eterno carrasco patrão – usasse seu dinheiro como bem entendesse, livremente. Pague o que lhe é devido conforme o combinado, e pronto. Alguém objeta: - Ah, mas existem os maus patrões! – Sim, claro, não duvido disso. Mas existem muito mais maus empregados – a maioria – do que maus patrões, cada dia mais escassos por conta do gigante esfomeado. Quer pior patrão que o próprio Estado? Decide o que todos têm que fazer e o empregado ainda paga por isso. Mas é nele que a maioria acaba encontrando uma saída para poder manter-se. Qualquer outro negócio exigirá tempo e paciência para apresentar documentos, para vê-los aprovados após o pagamento de alguma propina, para conseguir abrir a porta após a aprovação ambiental, etc., etc.,  e dá-lhe etc! Duvida? Vá você abrir uma lanchonete para fumantes e vai entender o que estou dizendo. Não seria mais simples – e mais barato – o comerciante ter uma placa diante do estabelecimento com os dizeres: “Aqui permitimos fumantes” ? Não, isso é impensável. Liberdade, pra quê? Bom mesmo é cada um seguir o padrão estabelecido para um bando de idiotas que abaixam a cabeça e repetem ad nauseam: - Sim, senhor! Vamos obedecer sem pensar que estamos nos tornando escravos cegos,  guiados pelo partido dos iluminados. Quatro pernas, bom; duas pernas, mau.

Terão que se adaptar ao totalitário e ecochatíssimo código ambiental para poderem viver num meio ambientalmente correto, tal qual corretos serão politicamente sem cérebro e sem noção do que seja isso. Essa conta já foi feita, mas vou repetir: Se dermos 80m2 para cada habitante do mundo – 7 bilhões –, o que corresponde a uma casa maior que a do Minha Favela Minha Vida, inclusive para crianças e velhinhos que vivem em família, precisamos de 560 bilhões de metros quadrados para alojar todo mundo, certo? O Estado de Minas Gerais tem mais de 588 bilhões de metros quadrados, portanto, todos caberiam ali com sobra de espaço. Sim, o resto do mundo ficaria totalmente vazio de gente, mas o que isso importa para o movimento verde? Precisamos controlar todo ser vivente porque o mundo está sobrecarregado de gente comendo, cagando e peidando, não é mesmo? Se os brasileiros soubessem de onde vêm as idéias ambientalmente corretas cuspiriam no código agora mesmo (trato disso em outra ocasião, mas comece a pensar em extra-terrestres ditando as regras por aqui. Não, não estou brincando).
Quando um problema aflige um brasileiro, ele procura identificá-lo para encontrar a solução correta e resolver de vez a angústia? Não, jamais! Ele pode encontrar a si mesmo como um elemento de causa. O que ele faz, então? Vai rodear o problema – que está lá, rindo pra ele – e vai culpar meia dúzia dos culpados de sempre para ao final dizer que está faltando Estado... Ora, mas se é o Estado mesmo quem lhe causa os maiores problemas, por que chamá-lo? Só posso concluir que é para aumentar os problemas. Afinal, quem é que gosta de viver aquela chatice da paz, não é mesmo? Todo mundo vivendo bem, todo mundo prosperando, todo mundo melhorando de vida... que coisa terrível! Bom mesmo é o inteligentíssimo conflito de classes, de sexos, de idades, de idéias, de... muitos etc aqui também. Conflito, conflito, conflito, isso é que é bom!

Alguns argumentam que o socialismo precisa de tempo para mostrar que é eficaz, que pode resolver o problema da desigualdade (alguém sabe o que é isso?) e que precisamos nos acostumar ao novo mundo melhor possível. Se fosse tão bom não precisaria tempo para se acostumar. Então, pergunto: Alguém já soube de um único psicopata que teria contado à vítima sua intenção de matá-la com sofrimento e depois esquartejá-la para jogar seus pedaços no rio logo após o jantarzinho romântico? Que eu saiba, nenhum. Por que raios duplos os comunistas contariam a você o que pretendem fazer depois do jantar? Aliás, já lhe contaram que o prato é você mesmo?

Somente a primeira pergunta exige um livro ou mais para ser respondida adequadamente. Então, para não complicar, vou deixar algumas sugestões, quem sabe acende uma luz ecologicamente correta na cabeça politicamente correta dos manifestantes politicamente pacíficos. Em vez de gritos sem sentido, de depredações que só trazem mais prejuízo, façam o seguinte:
·         - Dirijam-se todos para as casas legislativas;
·         - Escrevam cartazes com os seguintes dizeres:
o   QUEREMOS MUDANÇAS NAS LEIS EXISTENTES SOBRE ESTES ASSUNTOS E NÃO VAMOS MAIS CUMPRIR  NENHUMA LEI FUTURA QUE RETIRE NOSSA LIBERDADE INDIVIDUAL, QUE LIMITE NOSSA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, QUE LIMITE NOSSA LIBERDADE RELIGIOSA, QUE AUMENTE OS IMPOSTOS, QUE AUMENTE O ESTADO, QUE RESTRINJA NOSSO DIREITO INDIVIDUAL À DEFESA ARMADA, QUE DÊ AO ESTADO O PODER DE DITAR AS REGRAS DENTRO DA NOSSA PROPRIEDADE E QUE DESTRUA A FAMÍLIA E A VIDA HUMANA DESDE A CONCEPÇÃO. A regra é: o Estado não pode ter mais poder que cada indivíduo, o qual é a origem do poder. Qualquer coisa menor que isso é totalitarismo que não vamos aceitar NEM OBEDECER.
Aí, sim, a mensagem será bem clara e sequer tange a desobediência civil. Tenho certeza de que a maioria dos políticos e ideólogos terá coceiras por todo o corpo, o quê, aliás, será muito bom. Até agora, quem se coça somos nós.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Contos do Vigário - Tenho um emprego!

- Mãe, consegui um emprego!
- Que bom, filho! Onde?
- No call center de uma empresa.
- E o serviço é bom? O que você vai fazer lá?
- Eu vou atender o telefonema dos clientes que têm alguma coisa a reclamar.
- E você vai ajudar as pessoas resolvendo os problemas delas, então? Isso é bom.
- É... mais ou menos. Nem sempre a gente resolve o problema das pessoas.
- E o que as pessoas dizem quando você explica que não pode resolver o problema delas?
- Eu não posso falar que não posso resolver o problema delas, mãe. Eu só posso dizer que estamos tomando providências.
- E a empresa está mesmo tomando alguma providência?
- Não. Mas isso não interessa.
- Então você tem que mentir, filho?
- É, mãe. Mas a verdade é uma coisa relativa. Não é problema meu. Faço o que me mandam e recebo meu salário. Tenho um emprego, isso é que importa.
- Não, filho. Ter nunca foi mais importante do que ser, e continua não sendo.
- Ô mãe! Eu preciso de dinheiro. Como é que eu faço a minha vida sem dinheiro?
- Filho, eu sei que o dinheiro é importante, mas não é tudo. Existem outros empregos. Uma pessoa pode matar outra por dinheiro. Pense um pouco, o que esse criminoso perdeu para ter o dinheiro?
- O criminoso não perdeu nada. Quem perdeu foi o outro. O criminoso é uma vítima da sociedade.
- Não, meu filho. O criminoso não é uma vítima da sociedade, ele é quem toma as próprias decisões. O assassino perdeu a honra e a força. Só os fracos são oprimidos pelas ideologias. Só os fracos não sentem nada quando mentem. Só os fracos enganam-se a si mesmos por alguma coisa que se pareça com um ganho momentâneo. Esse ganho, por maior que seja, se torna ainda maior e mais forte do que eles.
- Nossa, mãe, que discursinho burguês!
- Burguês?! E você sabe o que é isso?
- Claro que sei. Burguês é a pessoa moralista, que acha que tem uma verdade, que é retrógrada, que pensa assim como você, mãe.
- Filho, onde você aprendeu essas monstruosidades? Aqui em casa é que não foi.
- Nem podia ser, mãe. Eu não vou ouvir essas lições de moral burguesa que você diz. O mundo tem que progredir, tem que evoluir. Você fica aí pensando no passado, na honra, na moral. Isso, a verdade, é tudo relativo. Uns têm; outros, não.
- Meu filho, se a verdade não existe, a mentira também não. Então, tudo o que você aprendeu até hoje é o quê?
- Não sei ainda, mãe. Mas isso é revolucionário. Um dia, depois que essa cultura burguesa for destruída, virá uma nova sociedade melhor, um mundo melhor e igualitário, sem classes, sem moral burguesa. Será um povo verdadeiramente livre.
- Duas coisas: se a verdade é relativa, como será verdadeiramente livre? Nessa sociedade, vamos poder matar quem nós quisermos?
- Matar, pra quê? Numa sociedade livre ninguém mata ninguém. Todo mundo vive em paz.
- Ah, que bom! Então haverá uma regra moral, não é, filho?
- Não, mãe. Moral é coisa burguesa. As leis vão funcionar, as pessoas serão mais justas.
- Que bom. E o que acontece com quem não cumprir as leis?
- Não sei ainda, mas a revolução vai ensinar tudo isso a seu tempo.
- Filho, se as pessoas não matam umas às outras é porque têm uma regra moral. Conforme você diz, e eu não entendo como pode funcionar, a regra moral é a liberdade. E quem é essa tal revolução que vai ensinar essas coisas?
- Não é assim, mãe. A revolução dirá seus fins e a liberdade só funciona com a igualdade.
- Ah, que bom! E você conhece alguma coisa igual no mundo?
- Fácil! Dois mais dois é igual a quatro.
- Mas essa também é uma verdade burguesa. Como é que você pode acreditar nisso?
- Ah, então é cinco.
- Oi! Onde está meu filho?
- É... acho que não sou seu filho.
- Acho que a ciência diz que é. Além de todo mundo que conhece a nossa família.
- Então vamos mudar a ciência burguesa também!
- Tá. Eu não vou prosseguir nessa tortura mental. E o salário, é bom?
- Não é o que eu mereço.
- Mas o mérito não é uma construção burguesa? Ah, esquece, filho.
- Vou ser castigado por isso?
- Vai, sim. Vá para o seu quarto e trate de procurar seu cérebro e seu coração. Se não estiverem por lá, procure na escola. Ninguém perde essas coisas sozinho; alguém tirou isso de você. E só volte depois de ter encontrado os dois.  Se não encontrar, vou ter que usar a minha mão burguesa na sua orelha revolucionária.