Vendo os movimentos pelo país, fiquei me perguntando onde a
população quer chegar. Não encontrei respostas prontas, mas tenho algumas
perguntas que gostaria de ver os indivíduos desses movimentos considerarem
muito bem antes de saírem às ruas novamente.
Por que o país não deslancha de vez? A resposta mais
elementar está na própria população. Um povo que não entende quanto custa a
ignorância estará fadado ao fracasso histórico: sai do anonimato e vai direto
ao ostracismo sem conhecer a glória. A ignorância custa muito mais que a
educação e o ensino, sem dúvida alguma. Com o tempo, a burrice vai pesando no
bolso sem que o indivíduo perceba – se percebesse seria menos burro. Após
cursar várias escolas, faculdades, ter vários diplomas e o sujeito ainda não
saber exatamente qual o problema do país, é sinal de que tudo aquilo que
supostamente estudou não fez o menor sentido. Foram tempo e dinheiro jogados
fora. Temos condições de fazer muitas coisas, mas somos impedidos pelo Estado
gigante, que nos assalta constantemente sob a falsa retórica do bem comum, a
tal cenoura de burro.
Os jovens que agora protestam pelas ruas nem imaginam como
será o futuro quando eles quiserem realizar um sonho qualquer. Abrir um
negócio, por exemplo. Perceberão que todas as “conquistas”, os “direitos”, as
“vitórias” não passaram, de fato, de derrotas, de subserviência consentida e de
fracassos sem volta: o tempo é implacável. Primeiramente, para que possam
manter-se no negócio, terão que pagar exorbitantes impostos, os quais irão
engordar o caixa dos partidos políticos, e de vários políticos também, sem que ninguém
receba os benefícios anunciados. Não seria mais fácil fazer benemerência
diretamente? É mais barato, também. Antes que os recursos cheguem ao
destinatário, o Estado abocanha enorme fatia para alimentar-se. O que isso
significa? Significa que o indivíduo não quer assumir responsabilidade alguma para o bem do outro e
a passa ao Estado, que não assume coisa nenhuma e ainda cobra muito caro para
zombar da nossa cara.
Desembolsarão intermináveis encargos trabalhistas, que nem
eles nem os empregados jamais verão sequer a cor. Melhor seria deixar que o
indivíduo – o sempre pobre empregado explorado e infinitamente oprimido pelo
eterno carrasco patrão – usasse seu dinheiro como bem entendesse, livremente.
Pague o que lhe é devido conforme o combinado, e pronto. Alguém objeta: - Ah,
mas existem os maus patrões! – Sim, claro, não duvido disso. Mas existem muito
mais maus empregados – a maioria – do que maus patrões, cada dia mais escassos
por conta do gigante esfomeado. Quer pior patrão que o próprio Estado? Decide o
que todos têm que fazer e o empregado ainda paga por isso. Mas é nele que a
maioria acaba encontrando uma saída para poder manter-se. Qualquer outro
negócio exigirá tempo e paciência para apresentar documentos, para vê-los
aprovados após o pagamento de alguma propina, para conseguir abrir a porta após
a aprovação ambiental, etc., etc., e
dá-lhe etc! Duvida? Vá você abrir uma lanchonete para fumantes e vai entender o
que estou dizendo. Não seria mais simples – e mais barato – o comerciante ter
uma placa diante do estabelecimento com os dizeres: “Aqui permitimos fumantes”
? Não, isso é impensável. Liberdade, pra quê? Bom mesmo é cada um seguir o
padrão estabelecido para um bando de idiotas que abaixam a cabeça e repetem ad nauseam: - Sim, senhor! Vamos
obedecer sem pensar que estamos nos tornando escravos cegos, guiados pelo partido dos iluminados. Quatro
pernas, bom; duas pernas, mau.
Terão que se adaptar
ao totalitário e ecochatíssimo código ambiental para poderem viver num meio
ambientalmente correto, tal qual corretos serão politicamente sem cérebro e sem
noção do que seja isso. Essa conta já foi feita, mas vou repetir: Se dermos 80m2
para cada habitante do mundo – 7 bilhões –, o que corresponde a uma casa maior
que a do Minha Favela Minha Vida, inclusive para crianças e velhinhos que vivem
em família, precisamos de 560 bilhões de metros quadrados para alojar todo
mundo, certo? O Estado de Minas Gerais tem mais de 588 bilhões de metros
quadrados, portanto, todos caberiam ali com sobra de espaço. Sim, o resto do
mundo ficaria totalmente vazio de gente, mas o que isso importa para o
movimento verde? Precisamos controlar todo ser vivente porque o mundo está sobrecarregado de gente comendo, cagando e
peidando, não é mesmo? Se os brasileiros soubessem de onde vêm as idéias
ambientalmente corretas cuspiriam no código agora mesmo (trato disso em outra
ocasião, mas comece a pensar em extra-terrestres
ditando as regras por aqui. Não, não estou brincando).
Quando um problema aflige um brasileiro, ele procura
identificá-lo para encontrar a solução correta e resolver de vez a angústia?
Não, jamais! Ele pode encontrar a si mesmo como um elemento de causa. O que ele faz,
então? Vai rodear o problema – que está lá, rindo pra ele – e vai culpar meia
dúzia dos culpados de sempre para ao final dizer que está faltando Estado...
Ora, mas se é o Estado mesmo quem lhe causa os maiores problemas, por que
chamá-lo? Só posso concluir que é para aumentar os problemas. Afinal, quem é que
gosta de viver aquela chatice da paz, não é mesmo? Todo mundo vivendo bem, todo
mundo prosperando, todo mundo melhorando de vida... que coisa terrível! Bom
mesmo é o inteligentíssimo conflito de classes, de sexos, de idades, de idéias,
de... muitos etc aqui também. Conflito, conflito, conflito, isso é que é bom!
Alguns argumentam que o socialismo precisa de tempo para
mostrar que é eficaz, que pode resolver o problema da desigualdade (alguém sabe
o que é isso?) e que precisamos nos acostumar ao novo mundo melhor possível.
Se fosse tão bom não precisaria tempo para se acostumar. Então, pergunto: Alguém já soube de um único psicopata que teria contado à
vítima sua intenção de matá-la com sofrimento e depois esquartejá-la para jogar
seus pedaços no rio logo após o jantarzinho romântico? Que eu saiba, nenhum.
Por que raios duplos os comunistas contariam a você o que pretendem fazer
depois do jantar? Aliás, já lhe contaram que o prato é você mesmo?
Somente a primeira pergunta exige um livro ou mais para ser
respondida adequadamente. Então, para não complicar, vou deixar algumas sugestões, quem sabe acende
uma luz ecologicamente correta na cabeça politicamente correta dos
manifestantes politicamente pacíficos. Em vez de gritos sem sentido, de
depredações que só trazem mais prejuízo, façam o seguinte:
·
- Dirijam-se todos para as casas legislativas;
·
- Escrevam cartazes com os seguintes dizeres:
o
QUEREMOS
MUDANÇAS NAS LEIS EXISTENTES SOBRE ESTES ASSUNTOS E NÃO VAMOS MAIS CUMPRIR NENHUMA LEI FUTURA QUE RETIRE NOSSA LIBERDADE
INDIVIDUAL, QUE LIMITE NOSSA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, QUE LIMITE NOSSA LIBERDADE
RELIGIOSA, QUE AUMENTE OS IMPOSTOS, QUE AUMENTE O ESTADO, QUE RESTRINJA NOSSO
DIREITO INDIVIDUAL À DEFESA ARMADA, QUE DÊ AO ESTADO O PODER DE DITAR AS REGRAS
DENTRO DA NOSSA PROPRIEDADE E QUE DESTRUA A FAMÍLIA E A VIDA HUMANA DESDE A
CONCEPÇÃO. A regra é: o Estado não pode
ter mais poder que cada indivíduo, o qual é a origem do poder. Qualquer coisa
menor que isso é totalitarismo que não vamos aceitar NEM OBEDECER.
Aí, sim, a mensagem será bem clara e sequer tange a
desobediência civil. Tenho certeza de que a maioria dos políticos e ideólogos terá coceiras
por todo o corpo, o quê, aliás, será muito bom. Até agora, quem se coça somos
nós.